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Associação dos Detetives do Brasil

Apostila – Entrevista Investigativa

Autor: Venâncio Melo – Presidente ADB

Sumário – Entrevista Investigativa

  1. Capítulo 1 – Conceitos, Objetivos e Diferença entre Entrevista e Interrogatório
  2. Capítulo 2 – Fundamentos Éticos e Limites Legais da Entrevista
  3. Capítulo 3 – Perfil do Entrevistador Investigativo
  4. Capítulo 4 – Preparação da Entrevista: Planejamento e Ambiente
  5. Capítulo 5 – Construção de Rapport e Clima de Confiança
  6. Capítulo 6 – Técnicas de Perguntas e Estrutura da Conversa
  7. Capítulo 7 – Escuta Ativa, Linguagem Corporal e Sinais de Inconsistência
  8. Capítulo 8 – Entrevista com Vítimas
  9. Capítulo 9 – Entrevista com Testemunhas
  10. Capítulo 10 – Entrevista com Suspeitos
  11. Capítulo 11 – Entrevistas em Contexto Digital (WhatsApp, Vídeo, Áudio)
  12. Capítulo 12 – Registro, Documentação e Uso Jurídico da Entrevista
  13. Capítulo 13 – Erros Comuns e Boas Práticas
  14. Capítulo 14 – Checklist Operacional de Entrevista Investigativa

Capítulo 1 – Conceitos, Objetivos e Diferença entre Entrevista e Interrogatório

A entrevista investigativa é uma técnica estruturada de obtenção de informações, utilizada por detetives, investigadores, policiais, advogados e outros profissionais ligados à apuração de fatos. Ela não é uma simples conversa informal: possui objetivos claros, metodologia e cuidados éticos e legais.

1.1. Objetivos da Entrevista Investigativa

1.2. Entrevista x Interrogatório

Embora, no uso comum, as palavras às vezes se confundam, na prática profissional é importante distinguir:

No ambiente privado, o detetive costuma trabalhar essencialmente com entrevistas, evitando adotar postura de autoridade estatal ou métodos que possam configurar abuso.

Essência Entrevista investigativa não é “apertar” o entrevistado a qualquer custo. É conduzir uma conversa organizada para extrair o máximo de informação útil e verdadeira, respeitando a dignidade da pessoa.

Capítulo 2 – Fundamentos Éticos e Limites Legais da Entrevista

Entrevistar sem conhecimento ético e jurídico é colocar em risco o caso, o cliente e o próprio profissional. A forma como as informações são obtidas interfere diretamente no valor que elas terão como prova.

2.1. Princípios Éticos

2.2. Limites Legais

2.3. Consentimento

Sempre que possível, o entrevistado deve saber:

Regra de Ouro Informação obtida por abuso, ameaça ou fraude grosseira pode ser contestada, desconsiderada e ainda gerar responsabilização do profissional.

Capítulo 3 – Perfil do Entrevistador Investigativo

Entrevista de qualidade depende menos de “técnicas milagrosas” e mais do perfil e postura do entrevistador. O Investigador precisa ser ao mesmo tempo firme e humano.

3.1. Características Desejáveis

3.2. Atitudes que Prejudicam

3.3. Autoconsciência

O bom entrevistador monitora a si mesmo:

Capítulo 4 – Preparação da Entrevista: Planejamento e Ambiente

A entrevista começa muito antes do “bom dia” ao entrevistado. Um bom planejamento aumenta as chances de obter informação útil e reduz riscos de falha.

4.1. Estudo Prévio do Caso

4.2. Definição de Objetivos

Antes de sentar com o entrevistado, responda:

4.3. Escolha do Local e Ambiente

4.4. Duração e Agenda

Entrevistas muito longas cansam entrevistador e entrevistado:

Capítulo 5 – Construção de Rapport e Clima de Confiança

Rapport é a conexão mínima de confiança e colaboração entre entrevistador e entrevistado. Sem esse clima, a entrevista tende a ser defensiva, superficial ou excessivamente tensa.

5.1. Primeiros Minutos

5.2. Comunicação Não Verbal

5.3. Validação e Empatia

Mostrar que você está ouvindo e compreendendo não significa concordar com tudo:

Cuidado Rapport não é “ser amigo” do entrevistado nem “comprar a versão” dele. É construir um ambiente em que ele se sinta seguro para falar.

Capítulo 6 – Técnicas de Perguntas e Estrutura da Conversa

O tipo de pergunta que você faz determina o tipo de resposta que você recebe. A entrevista investigativa precisa alternar perguntas abertas, fechadas, de esclarecimento, de confirmação e, quando necessário, de confronto respeitoso.

6.1. Perguntas Abertas

Permitem que o entrevistado conte com suas palavras:

6.2. Perguntas Fechadas

Buscam detalhes específicos:

6.3. Perguntas de Esclarecimento

6.4. Perguntas de Confronto Respeitoso

Utilizadas quando há contradições entre versões ou com outros elementos:

6.5. Perguntas que Devem ser Evitadas

Capítulo 7 – Escuta Ativa, Linguagem Corporal e Sinais de Inconsistência

A entrevista investigativa exige atenção não apenas às palavras, mas também à forma como elas são ditas. Entretanto, é importante ter cautela: linguagem corporal não é “detector de mentiras” infalível.

7.1. Escuta Ativa

7.2. Linguagem Corporal

Alguns sinais podem indicar desconforto, nervosismo ou evasão, mas não podem ser interpretados isoladamente:

7.3. Sinais de Inconsistência

Cuidado Nervosismo não significa culpa. Muitas pessoas ficam ansiosas apenas por serem entrevistadas. Por isso, sempre confirme sinais com dados objetivos.

Capítulo 8 – Entrevista com Vítimas

Entrevistar vítimas exige sensibilidade e, ao mesmo tempo, firmeza para obter informações suficientes. Em muitos casos, a vítima está abalada, com medo ou vergonha.

8.1. Cuidados Especiais

8.2. Organização do Relato

8.3. Risco de Memórias Contaminadas

Capítulo 9 – Entrevista com Testemunhas

Testemunhas são peças fundamentais na reconstrução dos fatos. Porém, podem estar influenciadas por boatos, simpatia por uma das partes ou medo de represálias.

9.1. Identificação da Posição da Testemunha

9.2. Estratégia Básica

9.3. Evitando Influenciar a Testemunha

Capítulo 10 – Entrevista com Suspeitos

Entrevistar suspeitos é uma das tarefas mais delicadas. É preciso firmeza, respeito e clareza de objetivos, sempre dentro dos limites legais.

10.1. Cuidados Iniciais

10.2. Estratégia de Condução

10.3. Reação a Mentiras Evidentes

Realidade Nem todo suspeito vai confessar. Mesmo assim, a entrevista pode ser útil para coletar contradições, identificar álibis falsos e levantar novas linhas de investigação.

Capítulo 11 – Entrevistas em Contexto Digital (WhatsApp, Vídeo, Áudio)

Nem sempre é possível entrevistar presencialmente. Ferramentas digitais podem ajudar, mas também trazem limitações.

11.1. Entrevistas por Áudio ou Telefone

11.2. Entrevistas por Vídeo (chamadas)

11.3. Conversas Escritas (WhatsApp, e-mail)

Capítulo 12 – Registro, Documentação e Uso Jurídico da Entrevista

Uma boa entrevista investigativa precisa ser bem documentada para ter valor prático e jurídico. Confiar apenas na memória é um erro clássico.

12.1. Formas de Registro

12.2. Organização dos Registros

12.3. Uso em Processos

Capítulo 13 – Erros Comuns e Boas Práticas

Alguns erros se repetem nas entrevistas investigativas e podem comprometer a confiabilidade das informações. Conhecê-los ajuda a evitá-los.

13.1. Erros Frequentes

13.2. Boas Práticas

Aprendizado Entrevistar bem é habilidade desenvolvida com estudo, prática e autocrítica. Cada entrevista é oportunidade de melhorar o método.

Capítulo 14 – Checklist Operacional de Entrevista Investigativa

Para facilitar o uso prático, segue um checklist que pode ser adaptado e impresso pelo profissional.

14.1. Antes da Entrevista

14.2. Início da Entrevista

14.3. Durante a Entrevista

14.4. Encerramento

14.5. Pós-Entrevista

Conclusão Geral A entrevista investigativa é uma das ferramentas mais poderosas na mão do detetive e do investigador criminal. Quando conduzida com técnica, ética e respeito à lei, transforma relatos em informações sólidas que podem decidir um caso.