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Associação dos Detetives do Brasil

Apostila – Investigação Privada

Autor: Venâncio Melo – Presidente ADB

Capítulo 10 – Equipamentos Profissionais
Apostila: Formação em Investigação Privada – ADB
Autor: Venâncio Melo • Instituição: Associação dos Detetives do Brasil

Câmeras Áudio Veículo OSINT Segurança Operacional

Capítulo 10 – Equipamentos Profissionais

Os equipamentos profissionais são ferramentas que ampliam a capacidade de observação, registro e análise do detetive particular. Porém, nenhum equipamento substitui a técnica, a experiência e o discernimento do profissional.

Este capítulo apresenta uma visão prática dos principais recursos utilizados na investigação privada, seus limites, riscos e cuidados legais.

10.1. Princípios básicos no uso de equipamentos

10.2. Equipamentos de observação e registro de imagem

10.2.1. Câmera fotográfica/camcorder

A câmera ainda é um dos principais instrumentos do detetive. Características importantes:

Em operações discretas, o detetive prioriza equipamentos compactos, com aparência comum.

10.2.2. Smartphone profissional

O celular é hoje uma das principais plataformas de registro:

Idealmente, o detetive utiliza um smartphone dedicado à atividade, separado do uso pessoal.

10.2.3. Dispositivos de uso discreto

Alguns equipamentos podem ser utilizados, desde que:

Exemplo: canetas com câmera para ambiente corporativo (quando a empresa autoriza a investigação) ou óculos com câmera em locais públicos.

Atenção: equipamento “espionagem total” encontrado na internet nem sempre é legal. O problema não é só o aparelho, mas como ele é usado.

10.3. Equipamentos de áudio

O áudio é extremamente sensível na legislação. Em regra:

No campo da investigação privada, recomenda-se o uso mínimo e responsável de gravações de áudio, sempre com orientação jurídica quando o material tiver finalidade processual.

10.4. Equipamentos para deslocamento e acompanhamento

10.4.1. Veículo do detetive

O veículo é uma das principais “ferramentas” de campo. Deve ser:

A posição de estacionamento também é parte da técnica: nem tão perto a ponto de chamar atenção, nem tão longe que se perca o alvo.

10.4.2. GPS e navegação

Para planejamento de rota e acompanhamento:

10.5. Ferramentas de informática e OSINT

Na investigação moderna, parte dos “equipamentos” é puramente digital:

O detetive deve considerar que:

10.6. Equipamentos de apoio operacional

10.7. Segurança pessoal do detetive

Nenhum equipamento é mais importante do que a integridade física do profissional. O detetive deve:

10.8. Equipamentos proibidos ou de alto risco jurídico

Ainda que vendidos livremente em sites e lojas, alguns dispositivos representam enorme risco:

O uso desses dispositivos pode levar o detetive a responder por:

Resumo: “Nem tudo o que é vendido como ‘equipamento de espionagem’ é compatível com a atividade de detetive particular. A atuação é técnica, não criminosa.”

10.9. Organização e manutenção dos equipamentos

O detetive deve ter disciplina com seu material:

10.10. Checklist de equipamentos

10.11. Conclusão do Capítulo 10

Equipamento bom é aquele que funciona, é discreto e serve ao objetivo da operação, sem colocar o detetive em risco jurídico ou físico.

A verdadeira diferença entre um profissional e um amador está menos na quantidade de aparelhos e mais na forma como:

“O melhor equipamento do detetive é a mente treinada aliada à simplicidade. O resto é ferramenta a serviço da técnica.”

No próximo capítulo, entraremos em um dos temas centrais da apostila: o relatório final, onde todo o material obtido ao longo da investigação é transformado em documento técnico organizado, claro e profissional.